sábado, 28 de julho de 2012

O casamento do Sol com a Lua

Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram, a viver um grande amor.
Acontece que o mundo ainda não existia e no dia em que a divindade resolveu criá-lo, deu-lhe, então, o toque final: o brilho!
Ficou decidido que o Sol iluminaria o dia e a Lua iluminaria a noite; sendo assim, seriam obrigados a viver separados.
Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam.
A Lua foi ficando cada vez mais amargurada; mesmo com o brilho que a divindade lhe havia dado, ela foi se tornando cada vez mais solitária.
O Sol, por sua vez, havia ganhado um título de nobreza: "Astro Rei", mas isso também não o fez feliz.
A divindade, então, chamou-os e explicou-lhes:
- Vocês não devem ficar tristes; ambos, agora, já possuem um brilho próprio. Você, Lua, iluminará as noites frias e quentes, encantará os namorados e será diversas vezes motivo de poesia. Quanto a você, Sol, sustentará esse título porque será o mais importante dos astros, iluminará a Terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas felizes.
A Lua entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio... Já o Sol, ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater, pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido.
No entanto, a sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido à divindade:
- Ajude a Lua, por favor, ela não suportará a solidão!
E a divindade, em sua imensa bondade, criou então as estrelas que fazem tudo para consolar a Lua, mas quase sempre não conseguem.
Hoje... eles vivem assim... separados! O Sol finge que é feliz. A Lua não consegue esconder que é triste.
O Sol ainda aquece a paixão pela Lua e ela ainda vive na escuridão da saudade.
Dizem que a ordem da divindade era que a Lua deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso, porque ela é mulher, e a mulher tem fases. Quando feliz, consegue ser cheia, mas quando triste é minguante, e quando nova, nem sequer é possível ver seu brilho.
Lua e Sol seguem eu destino; ele solitário mas forte; ela acompanhada pelas estrelas, mas triste.
Os homens tentam a todo custo conquistá-la, como se fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos; nenhum deles conseguiu trazê-la até a Terra; nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim.
Acontece que a divindade decidiu que nenhum amor neste mundo seria de todo impossível, nem mesmo o do Sol e da Lua... e foi aí que criou o eclipse.
Hoje, Sol e Lua vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
E você, quando olhar para o céu a partir de hoje e vir que o Sol encobriu a Lua é porque ambos se entregaram ao amor e é ao ato dessa entrega que se deu o nome de eclipse.
É importante lembrar que o brilho do êxtase que os envolve é tão grande que se aconselha a não olhar para o céu nesse momento, pois os olhos podem cegar de tanto amor!


Mas isso é outra história!


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Monte Olimpo - A morada dos deuses

Olimpo é o nome de várias montanhas da Grécia antiga; localiza-se ao norte, perto do mar Egeu.
Com 2.919 metros de altitude, é o ponto mais alto daquele país e um dos mais altos da Europa, quando medido da base ao topo.
Distingue-se pela sua rica flora, provavelmente a mais rica da Europa. O seu nome significa "o iluminado" em grego clássico.
O Olimpo representava para os gregos o mesmo que o Céu para os cristãos. Mas, ao contrário do Céu cristão, o Olimpo não era o lugar aonde as pessoas que podem ser consideradas boas durante sua vida terrena mereciam ir.
O Olimpo não é uma forma de recompensa ou gratificação para os mortos. É um lugar onde os deuses têm o direito de viver devido ao que representam e são, ou por conseguirem sua imortalidade através de alguma conquista ou feito realizado em alguma dimensão inimaginável por nós humanos.
Em outras palavras, o Olimpo representa um estado de espírito mental equilibrado, que só será alcançado pela humanidade se ela superar as instabilidades que são naturais da condição humana.
O Monte Olimpo tem no seu pico a aparência de um anfiteatro e as rochas mais altas assemelham-se a tronos gigantes. A própria natureza confirma, com sua extraordinária beleza e com formatos intrigantes, o misticismo do lugar.
Numa analogia com o Tarot, o Olimpo corresponderia ao Mundo, símbolo de felicidade e lucidez.

Cercado de muros, e se abrindo ao exterior por portas, o espaço habitado pelos deuses deve ser imaginado como um conjunto de residências. A morada de Zeus serve de lugar para assembléias e festins, ao passo que as casas pessoais de cada Deus, aparentemente, só têm a função de acolher seus proprietário para dormir.
No Olimpo, há toda uma equipe em atividade:
* um médico: Peonte
* uma empregada doméstica: Hebe, que trabalha ora como camareira ora como cavalariça
* um arauto: Íris, geralmente enviada em missões junto a humanos; também Hermes, o mensageiro de Zeus
* porteiros: as Estações, a quem está entregue a entrada do Olimpo e do vasto Céu, com o cuidado de afastar nuvens pesadas.

Os Deuses que habitam esse lugar ganharam o título de Olímpicos. Esses seres humanizados transformaram o Céu (sua grande morada) em um espaço agradável e familiar.   

domingo, 10 de junho de 2012

Grande Zeus

Dizem as lendas que para trazer Zeus ao mundo em segurança, Reia refugiou-se na ilha de Creta.
Só depois do parto - numa gruta, nas encostas do Monte Ida - voltou ao encontro do esposo Cronos, deixando o recém-nascido aos cuidados de duas ninfas.
Reia voltou para o reino dos Deuses e foi ao encontro de seu marido Cronos. Sabia de seu apetite insáciável em relação aos filhos. Ele já deveria estar com água na boca, ansioso para degustar o próximo banquete! Então, no lugar do menino entregou-lhe uma pedra envolvida em lençóis de linho.
Cronos engoliu-a, como fizera com os pacotinhos anteriores, sem sequer olhar para o que engolira...
Dessa vez, ele deve ter achado a comida um pouco pesada, mas, sendo muito seguro de si, talvez não tenha percebido o engano.
De qualquer modo, o sexto filho de Reia, Zeus, o grande Senhor do Olimpo, conseguiu escapar da sanha paterna, cresceu e seguiu seu destino.
O menino foi criado às escondidas numa gruta da ilha de Creta. Reia teve a ideia de confiar sua educação aos Curretes, demônios que tinham o costume de dançar batendo as armas umas contra as outras.
De fato, Reia preocupada em proteger o filho, contava com o barulho do bronze para encobrir o choro do bebê.
Cercado pelas ninfas do lugar, o menino cresceu alimentado com o leite da cabra Amalteia e com o mel que as abelhas do Monte Ida forneciam. Essa infância secreta transcorreu harmoniosamente, sem que Cronos descobrisse a existência de seu sexto filho.
Já crescido, Zeus sonhava em destronar o pai, mas não conseguiria fazer isso sozinho. Teve, então, a ideia de lhe dar uma bebida que o obrigasse a vomitar os filhos que engolira.
O efeito foi fulminante. Libertados seus irmãos, Zeus pôde se lançar com eles num duro combate contra Cronos e seus Titãs.
Após dez anos de luta, a guerra ainda continuava. Gaia resolveu ajudar Zeus e seu grupo revelando-lhe o conteúdo de uma velha profecia:
- Você nunca poderá vencer o exército de seu pai sem a ajuda dos Ciclopes e dos outros Gigantes. Desça, pois, às profundezas do Tártaro, onde estão encerrados. Liberte-os e eles lhe darão o trovão, o relâmpago e o raio!
Zeus seguiu seu conselho e, com a ajuda dos ciclopes, dos Cem-braços e dos Gigantes, conseguiu derrotar o pai.
Como tinha vencido com a ajuda de seus irmãos Hades e Poseidon, Zeus partilhou com eles o domínio do Mundo.
O universo se dividia em três regiões: o céu estrelado e a terra eram a primeira; o oceano, que rodeava a terra, a segunda; e, por fim, as partes subterrâneas.
A sorte destinou a cada um seu reino. Zeus recebeu a parte luminosa e terrestre. Suas armas simbolizavam as forças celestes.
Coube a Hades a parte subterrânea, para aonde vão os mortos: foi reinar no Submundo, entre o povo das sombras.
Poseidon, enfim, fixou seu poder sobre todos os elementos líquidos, os mares e os rios que percorrem a Terra.

sábado, 9 de junho de 2012

A saga continua....

Vencedor de seu pai, Cronos se tornou o senhor todo poderoso do universo. Mas, ao invés de beneficiar seus parentes, libertando seus irmãos, preferiu reinar sozinho e os deixou encerrados nas profundezas da terra. Sua mãe furiosa predisse seu futuro:
- Você, também, meu filho, será deposto do trono por um de seus filhos.
Temendo a realização dessa profecia, Cronos fez como o pai: arranjou um jeito de eliminar os filhos que lhe dava sua esposa Reia. Cada vez que um nascia, ele o devorava. Isso ocorreu com cinco recém-nascidos.
A mãe deles, desesperada, foi ver Gaia, pedindo ajuda, para que o sexto filho, que acabara de nascer, não fosse engolido....
Gaia sugeriu que Reia desse a Cronos uma pedra no lugar do bebê.
E assim foi feito... e a profecia de Gaia não tardaria a se realizar.... o bebê que acabara de nascer e ser salvo era Zeus!!!!

Mas isso é outra história!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Como tudo começou....

No início, nada tinha forma no universo. Tudo se confundia e não era possível distinguir a terra do céu nem do mar. Esse abismo nebuloso se chamava Caos.
Uma força misteriosa resolveu pôr ordem nisso tudo. Começou reunindo o material para moldar o disco terrestre, depois o pendurou no vazio. Em cima, cavou a abóboda celeste, que encheu de ar e luz.
Planícies verdejantes se estenderam, então, na superfície da terra e montanhas rochosas se ergueram acima dos vales. A água dos mares veio rodear as terras.
Obedecendo à ordem divina, as águas penetraram nas bacias para formar lagos; torrentes desceram das encostas e rios serpentearam entre os barrancos.
Assim foram criadas as partes essenciais do nosso mundo. Elas ó esperavam os habitantes. Os astros e os deuses logo iriam ocupar o céu; depois, no fundo do mar, os peixes de escamas luzidias estabeleceriam domicílio; o ar seria reservado aos pássaros e as terra a todos os outros animais, ainda selvagens.
Era necessário um casal de divindades para gerar novos deuses. Foram Urano, o Céu, e Deusa Gaia, a Terra, que puseram no mundo uma porção de seres estranhos.
E assim, Gaia, passou a gerar Titãs, mas uma previsão dizia que Urano seria deposto por um filho seu.... e, então, todos os filhos gerados por Gaia iriam para o Tártaro.
Gaia, cansada de gerar filhos e querendo libertar os que viviam no Tártaro, apelou para os primeiros Titãs, mas todos se recusaram, exceto Cronos. Os dois arquitetaram um plano para acabar com o poder tirânico de Urano.
Certa noite, enquanto seu pai dormia, Cronos entrou em seu quarto, guiado por Gaia, e com um golpe de foice, dada pela mãe, cortou-lhe os testículos.
Urano, mutilado, urrava de dor, enquanto Gaia pulava de alegria.
Esse atentado punha fim a uma autoridade que ela estava cansada de suportar, mas a descendência deles não parava aí... algumas gotas de sangue da ferida de Urano caíram na Terra e a fecundaram... dando origem às Erínias....
Mas isso... é outra história!!!!! 

domingo, 27 de maio de 2012

A realidade do mito

Mito, de acordo com Mircea Eliade, é o relato de uma história verdadeira, ocorrida nos tempos dos princípios, illo tempore, quando, com a interferência de entes sobrenaturais, uma realidade passou a existir, seja uma realidade total, o cosmo, ou tão-somente um fragmento, um monte, uma pedra, uma ilha, uma espécie animal  ou vegetal, um comportamento humano. Mito é, pois, a narrativa de uma criação: conta-nos de que modo algo, que não era, começou a ser.
De outro lado, o mito é sempre uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata uma explicação do mundo. Mito é, por conseguinte, a parole, a palavra revelada, o dito. E, desse modo, se o mito pode se exprimir ao nível de linguagem, "ele é, antes de tudo, uma palavra que circunscreve e fixa um acontecimento". Maurice Leenhardt precisa ainda mais o conceito: "O mito é sentido e vivido antes de ser inteligido e formulado. Mito é a palavra, a imagem, o gesto, que circunscreve o acontecimento no coração do homem, emotivo como uma criança, antes de fixar-se como narrativa".
O mito expressa o mundo e a realidade humana, mas cuja essência é efetivamente uma representação coletiva, que chegou até nós através de várias gerações. E, na medida em que pretende explicar o mundo e o homem, isto é, a complexidade do real, o mito não pode ser lógico: ao revés, é ilógico e irracional. Abre-se como uma janela a outros ventos; presta-se a todas as interpretações. Decifrar o mito é, pois, decifrar-se. E, como afirma Roland Barthes, o mito não pode, consequentemente, "ser um objeto, um conceito ou uma ideia: ele é um modo de significação, uma forma". Assim, não se há de definir o mito "pelo objeto de sua mensagem, mas pelo modo como a profere".
Baseado no livro de Junito de Sousa Brandão, Mitologia grega

sábado, 19 de maio de 2012

Resgatando a individualidade com a Deusa Diana

Diana, Deusa da Caça e da Lua, protetora das mulheres, Deusa virgem, no sentido matriarcal (mulher livre e completa em si mesma) vem nos falar do resgate da individualidade interior e exterior, propondo um profundo contato com as habilidades naturais e intuitivas.

O mito

Diana é filha de Júpiter e Latona. Quando Juno soube que Latona iria ser mãe, começou a persegui-la. Latona vagou incessantemente pela Terra, pois ninguém queria lhe dar abrigo, por temer Juno, esposa ciumenta de Júpiter.
Netuno, o Deus dos Mares, apiedou-se e indicou-lhe uma ilha que flutuava pelos mares. Essa ilha parou, pois Netuno determinou que seria o refúgio de Latona.
Exausta, Latona chegou à ilha, um lugar estéril, longínquo, tão distante que seguramente Juno jamais a encontraria. E assim foi.
A ilha deserta recebeu Latona e com ela os filhos que em breve conceberia. Nessa ilha, Latona deu à luz os gêmeos Diana e Febo (Apolo).
Diana nasceu poucos momentos antes de Febo e foi testemunha das dores do parto da mãe e ajudou no nascimento do irmão.
Logo que pôde, Diana procurou seu pai, Júpiter, e pediu-lhe uma túnica curta, sapatos de caçadora, arco e flechas, um séquito de Ninfas e a dádiva da virgindade eterna.
Pediu também as montanhas, para que pudesse habitar nesses lugares.
Aos Ciclopes, pediu armas, ao Deus Pan solicitou uma matilha de cães para acompanhá-la em suas caçadas.
Todos seus pedidos foram atendidos e a Deusa foi morar na região montanhosa da Arcádia.
Passava o tempo percorrendo florestas, prados e margens dos rios com suas Ninfas e cães.
Quando se sentia entediada ia para a morada de seu irmão Febo, em Delfos, para cantar com as Graças e Musas.

Refletindo

Diana é a caçadora, corredora dos bosques, a selvagem, a sagitária que verte flechas para abater animais e humanos. Mas é também delicadeza, pureza, a donzela destinada à virgindade eterna, que simboliza sua autossuficiência e independência.
Preside os ritos de passagem, conduzindo os jovens pelo limiar da adolescência ao mundo adulto.
É representada como uma menina adolescente de sexualidade ainda indefinida, diferente de Afrodite, que é representada com um corpo feminino já desenvolvido. Mas esse aspecto jovial não a faz menos atraente que Afrodite, ao contrário, é igualmente sedutora.
Devido a seu caráter indomável, insubordinado e vingativo, há inúmeras histórias relacionadas a Diana (Acteon, Orion)....
Mas isso é outra história.....

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Rhea

Filha de Urano e Gaia, o casal primordial, Céu e Terra, uma Titã, mãe de todios os Deuses do Olimpo. Conhecida como Mãe dos Deuses e a própria Terra.
Irmã e esposa de Cronos e mãe da maior parte dos Deuses de primeira grandeza, como Deméter, Hades, Hera, Héstia, Poseidon e Zeus.
Cansada de ver todos seus filhos sendo devorados por Cronos, devido a uma profecia de que esse seria destronado por um de seus filhos, Rhea afastou-se e deu à luz Zeus que foi amamentada por uma cabra.
Para enganar seu marido, deu-lhe uma pedra. Ele a engoliu sem pestanejar, pois era necessário eliminar todos seus filhos.
Zeus foi criado por ninfas, cresceu e, induzido pela mãe, destronou o próprio pai, prendendo-o no Tártaro. Antes, fez com que vomitasse seus irmãos.....

Mas isso é outra história!!!!!

terça-feira, 1 de maio de 2012

A lenda de Jack O'Lantern

Uma das tradições de Samhain é a confecção do famoso Jack O'Lantern. Mas você sabe como nasceu essa ideia?
A lenda nos conta que Jack era um menino que perdeu seus pais e ficou completamente sozinho. Como o corpo de seus pais nunca foram encontrados, Jack acreditava que um dia eles iriam voltar e para que eles encontrassem o caminho, Jack espalhou várias frutas com velas acesas em seu interior, formando assim uma trilha que ele acendia cuidadosamente assim que a noite surgia com sua escuridão.
Com pena do menino, o Deus da Morte pediu à grande Deusa que explicasse a ele o destino de seus pais. Ela foi ao encontro de Jack e disse que haveria uma única noite em que seus pais poderiam visitá-lo. Seria esta noite o momento em que o novo ainda não aconteceu e o velho ainda não se desfez. A tradicional noite de Samhain é essa noite e Jack deveria acender suas lanternas para que seus pais o encontrassem.
Ano após ano, no último dia do Ano Celta, Jack confecciona suas lanternas e espera pela visita de seus pais com uma mesa farta: bolos, pães, frutas. E eles se encontram durante toda a noite mágica de Samhain.
Mas devido a esse fato, outros espíritos passaram a retornar e seguir para lugares diversos, não retornando mais para a Terra do Verão.
Percebendo isso, o Deus da Morte pediu à Deusa que ensinasse as outras pessoas a se proteger daqueles espíritos e ela o fez, dando a Jack uma faísca de sua chama eterna. Essa chama deveria ser sempre mantida acesa por ele e todas as pessoas deveriam confeccionar suas lanternas de frutas para receber apenas aqueles dos quais sentiam saudades, evitando assim que os espíritos indesejáveis voltassem e se apoderassem de seus corpos.
Então, no ano seguinte, todos se reuniram, confeccionaram suas lanternas de frutas e Jack distribuiu a chama da Deusa para todos, que nunca mais foram surpreendidos com visitas inesperadas de espíritos que não se conformavam com seu destino.  

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Samhain

Esta é a noite em que o véu que separa o mundo material do mundo espiritual encontra-se mais fino e o contato com nossos ancestrais torna-se mais fácil.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outromundo se coaduna com o nosso conforme a luz do sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.
O sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que está chegando.
Samhain é a noite em que o Velho Rei morre e a Deusa Anciã lamenta sua ausência nas próximas seis semanas. Mas sua alma vive na criança não nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isso simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais; o Deus torna-se,  então, o Senhor da Morte e das Sombras.
Samhain é o tempo de lembrarmos com amor aqueles que partiram para o outro lado, por isso é chamado de a Festa Ancestral.


Baseado na obra de Claudiney Prieto, Wicca - A Religião da Deusa