domingo, 10 de junho de 2012

Grande Zeus

Dizem as lendas que para trazer Zeus ao mundo em segurança, Reia refugiou-se na ilha de Creta.
Só depois do parto - numa gruta, nas encostas do Monte Ida - voltou ao encontro do esposo Cronos, deixando o recém-nascido aos cuidados de duas ninfas.
Reia voltou para o reino dos Deuses e foi ao encontro de seu marido Cronos. Sabia de seu apetite insáciável em relação aos filhos. Ele já deveria estar com água na boca, ansioso para degustar o próximo banquete! Então, no lugar do menino entregou-lhe uma pedra envolvida em lençóis de linho.
Cronos engoliu-a, como fizera com os pacotinhos anteriores, sem sequer olhar para o que engolira...
Dessa vez, ele deve ter achado a comida um pouco pesada, mas, sendo muito seguro de si, talvez não tenha percebido o engano.
De qualquer modo, o sexto filho de Reia, Zeus, o grande Senhor do Olimpo, conseguiu escapar da sanha paterna, cresceu e seguiu seu destino.
O menino foi criado às escondidas numa gruta da ilha de Creta. Reia teve a ideia de confiar sua educação aos Curretes, demônios que tinham o costume de dançar batendo as armas umas contra as outras.
De fato, Reia preocupada em proteger o filho, contava com o barulho do bronze para encobrir o choro do bebê.
Cercado pelas ninfas do lugar, o menino cresceu alimentado com o leite da cabra Amalteia e com o mel que as abelhas do Monte Ida forneciam. Essa infância secreta transcorreu harmoniosamente, sem que Cronos descobrisse a existência de seu sexto filho.
Já crescido, Zeus sonhava em destronar o pai, mas não conseguiria fazer isso sozinho. Teve, então, a ideia de lhe dar uma bebida que o obrigasse a vomitar os filhos que engolira.
O efeito foi fulminante. Libertados seus irmãos, Zeus pôde se lançar com eles num duro combate contra Cronos e seus Titãs.
Após dez anos de luta, a guerra ainda continuava. Gaia resolveu ajudar Zeus e seu grupo revelando-lhe o conteúdo de uma velha profecia:
- Você nunca poderá vencer o exército de seu pai sem a ajuda dos Ciclopes e dos outros Gigantes. Desça, pois, às profundezas do Tártaro, onde estão encerrados. Liberte-os e eles lhe darão o trovão, o relâmpago e o raio!
Zeus seguiu seu conselho e, com a ajuda dos ciclopes, dos Cem-braços e dos Gigantes, conseguiu derrotar o pai.
Como tinha vencido com a ajuda de seus irmãos Hades e Poseidon, Zeus partilhou com eles o domínio do Mundo.
O universo se dividia em três regiões: o céu estrelado e a terra eram a primeira; o oceano, que rodeava a terra, a segunda; e, por fim, as partes subterrâneas.
A sorte destinou a cada um seu reino. Zeus recebeu a parte luminosa e terrestre. Suas armas simbolizavam as forças celestes.
Coube a Hades a parte subterrânea, para aonde vão os mortos: foi reinar no Submundo, entre o povo das sombras.
Poseidon, enfim, fixou seu poder sobre todos os elementos líquidos, os mares e os rios que percorrem a Terra.

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